sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ferimento Cruel [Capítulo #5] - Uma corrida desesperada...

A chamada prossegue...

[capítulo anterior: aqui]

A Sandra estava perdida consigo mesma. Não tinha a mínima ideia sobre o que fazer e como agir. Tudo que ela possuía, naquele fidalgo momento, era aquela bolsa com três mil Reais devidamente contados em seu interior. Aquele dinheiro ressoava forte na mente da moça, com menções que variavam do "gaste-me" ao "devolva-me".

Gastar tal quantia, atualmente, é algo muito fácil de se fazer. Ela não tinha celular, e por aí já podia começar uma boa compra. Com uns seiscentos Reais adquirir um aparelho bom era perfeitamente possível. Quanto ao montante restante, ela poderia depositar mil Reais no banco (na sua conta poupança que há meses não sentia o frescor de um depósito sendo nela feito) e, com os mil e quatrocentos que haviam de serem gastos, ela poderia aproveitar para tirar um final de semana no litoral de Santa Catarina ou na região dos Campos Gerais, que ela sempre amou de longa data....

Sentada sozinha no banco daquela praça, a Sandra realmente chegou à pensar em gastar aquele montante. Mas havia o outro lado da questão, que também era feroz e persistente. Tratava-se do ensejo em devolver o dinheiro, que dominava a outra metade do cérebro dela.

Mas não havia para quem devolver a quantia daquela bolsa. Até pode existir quem sinta a falta dos valor (e até da bolsa propriamente dita), mas já havia se passado um pouco mais de um dia desde que a Sandra havia encontrado o item com dinheiro dentro. Sua honestidade era gritante, na mesma proporção que seu temor da sociedade ao seu redor, que lhe formava o ambiente hostil e derradeiro de toda a questão.

Decididamente, a Sandra não sabia como agir apropriadamente.

A única real certeza daquele momento estava atrelada ao fato de ele ater de definir sozinha se iria à delegacia local ou não. Tudo poderia ser ali resolvido. Ao menos, em tese. A Sandra custava a acreditar que seu colega de trabalho, Astolfo (popular "Chiquinho"), não poderia acompanhá-la até o último instante nesta empreitada.

Já se passava do meio-dia e a barriga da jovem roncava demais. Ela estava faminta. Precisava algo comer com alguma urgência. Não sabia como fazer naquele momento, pois sua real vontade era de dar um ponto final naquela situação tão estranha que a envolvia junto de tal bolsa com dinheiro dentro.

Pensar. Respirar. Levantar a cabeça...

A Sandra ficou cerca de quinze minutos repetindo tais ações no banco da praça. A delegacia estava a apenas duas quadras dali, não iria demorar em nada andar até lá para resolver logo toda esta situação. A mente dela era mais forte que as contrações no estômago causadas pela fome que aparecera.

Então, eis que a moça chegou ao veredicto final...

~ capítulo final em 22/11/2013 ~

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Um pouco sobre o autor do NETOIN! Mais!
Carlírio Neto
Carlírio Neto, uma pessoa que aprecia as coisas mais simples que a vida pode oferecer. Gosta das culturas japonesa, brasileira e latino-americana. Aprecia passeios e uma boa leitura. Gosta de lançar seus contos e histórias para o mundo ver e, quem saber, poder algo delas publicar algum dia. Prazer em conhecê-lo, nobre visitante.

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